Em caso de validade dos testes clínicos, a disponibilidade "será uma questão de meses, e não de anos", declarou.AFP

A Pfizer assinou um acordo de licença voluntária que deve permitir o acesso a seu comprimido anticovid para além dos países ricos uma vez que for autorizada, anunciou nesta terça-feira, 16, o laboratório americano e a organização Medicines Patent Pool (MPP).
Os fabricantes de medicamentos genéricos "que receberem sublicenças poderão oferecer o novo medicamento em associação com ritonavir (utilizado contra o vírus da aids) em 95 países, que cobrem quase 53% da população mundial", afirmou um porta-voz da Unitaid, que criou a MPP, uma entrevista em Genebra.
No início de novembro, a Pfizer, que já comercializa com o grupo alemão BioNTech uma das vacinas mais eficazes contra a vacina, anunciou que seu antiviral oral PF-07321332 tem eficácia de 89% para prevenir hospitalização ou morte entre os adultos que apresentam um risco elevado de desenvolver uma forma grave da doença, de acordo com resultados intermediários de testes clínicos.
Com o acordo, a Pfizer avança na mesma área que a rival Merck Sharp & Dohme (MSD), que anunciou um pacto similar com a MPP para seu medicamento anticovid oral, o molnupiravir, que também apresenta eleva taxa de eficácia.
Os resultados promissores ainda precisam ser confirmados, destacou Esteban Burrone, diretor de elaboração de políticas da MPP, em uma entrevista. Mas em caso de validade, a disponibilidade "será uma questão de meses, e não de anos", declarou.