O FMI propôs ao G20 um alívio de dívidas para evitar que alguns países sofram um "colapso econômico"AFP

O FMI pediu nesta quinta-feira (2) às economias do G20 para ampliarem e melhorarem sua iniciativa de alívio da dívida externa, ao alertar que muitos países poderiam sofrer um "colapso econômico" se não contarem com essa ajuda.
"É possível que vejamos um colapso econômico em alguns países a menos que os credores do G20 decidam acelerar uma reestrutura da dívida e suspendam seu serviço enquanto negociam essa reestrutura", disse em um blog a chefe do FMI, Kristalina Georgieva, acrescentando que é fundamental que os credores privados também ofereçam o alívio.
A Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20 (DSSI) expira no fim do ano e, se não for renovada, vários países poderiam enfrentar pressões financeiras e cortes de gastos justo quando uma nova variante do coronavírus se espalha pelo mundo e quando espera-se um aumento das taxas de juros, destacou.
"Os desafios da dívida são urgentes e a necessidade de ação também. A recente variante ômicron é um lembrete explícito de que a pandemia estará conosco por um tempo", enfatizou Georgieva no blog, co-escrito com Ceyla Pazarbasioglu, diretora do Departamento de Estratégia, Políticas e Revisão do FMI.
Devido aos problemas com o programa de alívio da dívida e o marco comum para negociar com os credores privados, até agora apenas três países solicitaram o alívio - Chade, Etiópia e Zâmbia - e enfrentam "atrasos significativos" em seus pagamentos.
A estrutura operacional "ainda deve cumprir com sua promessa. Isso requer uma ação rápida", disse.