De acordo com a vice-prefeita de Moscou, Anastasia Rakova, o atirador entrou no prédio administrativo por volta das 15h, horário local (9h no horário de Brasília)AFP

Um homem abriu fogo nesta terça-feira, 7, em um centro administrativo de Moscou, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras três, disse o prefeito da capital russa, destacando que o agressor foi detido.
Embora o motivo do tiroteio ainda não tenha sido explicado, fontes policiais citadas pelas agências de notícias TASS e Interfax indicam que o homem atirou depois de se recusar a colocar a máscara, que é obrigatória em todos os prédios públicos na Rússia por causa da pandemia de covid-19.
"Aconteceu uma tragédia. Após um tiroteio iniciado por uma pessoa não identificada, duas pessoas morreram e três ficaram feridas. O assassino foi detido", escreveu o prefeito Serguei Sobianin no Twitter. O centro administrativo em questão se encontra no distrito de Ryazansky, ao sudeste de Moscou.
De acordo com a porta-voz do Ministério do Interior russo, Irina Volk, o agressor é "um moscovita de 45 anos", que foi preso e neutralizado por um oficial que estava na área. O homem que o deteve, um tenente da polícia chamado Georgui Domalaiev, contou à Rossiya 24 que viu um indivíduo fugir após ouvir tiros.
"Corri atrás dele, ele resistiu mas senti algo que podia ser uma faca ou uma arma na cintura", relatou.
"Mas não lhe dei a oportunidade de usar as suas armas, o impedi de ferir alguém e esperei a equipe de resgate chegar", acrescentou.
De acordo com a vice-prefeita de Moscou, Anastasia Rakova, o atirador entrou no prédio administrativo por volta das 15h, horário local (9h no horário de Brasília) e disparou na recepção, matando um agente de segurança e um funcionário.
Embora um balanço anterior mencionasse três feridos, Rakova indicou que atualmente seriam quatro: duas mulheres, um homem e uma menina de dez anos. "Todos os quatro estão sendo operados", acrescentou. O estado deles seria "grave" de acordo com o comunicado publicado no aplicativo de mensagens Telegram.
Um médico citado pela agência Ria Novostia afirmou que a menor levou um tiro no pescoço, mas que está fora de perigo. Nos últimos anos, os tiroteios fatais, especialmente nas escolas, estão cada vez mais frequentes. O presidente Vladimir Putin chegou a denunciar um fenômeno importado dos Estados Unidos, um efeito perverso da globalização, segundo ele.
Em 20 de setembro, um estudante matou seis pessoas e feriu outras 28 em um tiroteio na Universidade Estadual de Perm (região central do país).