Ambulância chega para pegar as vítimas. Uma mulher morreuDANIEL ROLAND/AFP
"Fico com o coração partido ao ouvir essas notícias", disse Scholz. "Meus pensamentos estão com as vítimas, seus familiares e, certamente, os estudantes da Universidade de Heidelberg."
Uma universidade renomada
O tiroteio provocou uma grande operação policial e as autoridades pediram à população que não permanecesse no local para permitir o trabalho dos socorristas e dos serviços de emergência. O campus, situado na margem norte do rio Neckar, abriga faculdades de ciências naturais, departamentos do hospital universitário e um jardim botânico.
A universidade, fundada em 1386, é a mais antiga da Alemanha e é uma escola pública, com uma ampla gama de cursos, desde humanidades até medicina. Está situada em Baden-Württemberg, no sudoeste do país, entre as cidades Stuttgart e Frankfurt.
O lema da universidade é "Semper apertus" ("Sempre aberta") e a instituição se compromete a trabalhar com um espírito de abertura e tolerância. Depois de vários semestres de ensino à distância devido à pandemia, as aulas foram retomadas em outubro, disse à AFP um pesquisador que trabalha na universidade. O acadêmico assinalou que havia controle de entrada na instituição, inclusive de passaporte sanitário.
Legislação sobre armas
As armas utilizadas em ambos os casos estavam legalmente registradas. O país conta agora com uma das legislações mais estritas da Europa, que exige que os menores de 25 anos se submetam a um exame psiquiátrico antes de solicitar uma licença de armas.
Em 2016, nove pessoas foram assassinadas por David Ali Sonboly, que abriu fogo em um centro comercial em Munique. Outras 35 pessoas ficaram feridas nesse ataque, que começou em uma lanchonete do McDonald's e terminou quando o atirador usou sua Glock 9 mm para se suicidar.
O atentado em Munique gerou um intenso debate no país sobre a conveniência de voltar a endurecer a legislação sobre armas.
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