Foto do local onde ocorreu o atentadoReprodução/Twitter

Estados Unidos - Pelo menos dez pessoas que estavam em um mercado na cidade de Buffalo, em Nova York, foram mortas quando um atirador abriu fogo neste sábado (14), informou o jornal local The Buffalo News, citando a polícia. O atirador seria um jovem branco, de 18 anos, e o crime teria motivações raciais.

Pelo menos cinco corpos sem vida foram encontrados no estacionamento e outros dentro da loja. Uma fonte policial disse ao jornal que o atirador tinha uma câmera e estava usando um colete à prova de balas e um capacete militar.

"Dez pessoas foram mortas por um atirador vestido com colete à prova de balas e armado com um rifle de alta potência, enquanto outras três ficaram feridas - duas delas gravemente", disse o jornal, que cita um policial no local e outra fonte próxima às forças de segurança.
O Departamento de Polícia de Buffalo tuitou às 15h26 (16h26 no horário de Brasília) que os policiais estavam "no local do tiroteio em massa em Tops", nome do mercado, e que o atirador estava sob custódia. "Várias pessoas foram atingidas pelos disparos", acrescentou o tuíte.

A polícia está investigando se o atirador estava transmitindo ao vivo o ataque, de acordo com o jornal, como foi afirmado nas redes sociais. "É como entrar em um filme de terror, mas tudo é real. É como o Armageddon", declarou uma fonte policial ao jornal.
"Estou monitorando ativamente a situação do tiroteio em massa no mercado. Estamos com o povo de Buffalo", escreveu o senador americano Chuck Schumer no Twitter.
Motivações raciais
Onze das vítimas eram negras. O agressor seria um jovem branco de 18 anos. Ele disparou primeiro contra quatro pessoas no estacionamento do supermercado, três das quais morreram, e depois entrou na loja e continuou atirando, explicou o xerife desta cidade no oeste do estado de Nova York.

Entre os mortos dentro do estabelecimento estava um policial aposentado que trabalhava como segurança e estava armado. O funcionário "confrontou o suspeito, disparou vários tiros", mas o atirador - que estava protegido por um colete à prova de balas - o matou com seus disparos, disse Gramaglia.

O tiroteio está sendo investigado como um crime de ódio, afirmou Stephen Belongia, agente especial do escritório do FBI em Buffalo. "Estamos investigando este incidente como um crime de ódio e um caso de extremismo violento com motivação racial", disse Belongia à imprensa.

O promotor distrital do condado, John Flynn, disse que o suspeito será processado por acusações de assassinato em primeiro grau e estará sujeito a uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional. Flynn indicou que o agressor usou uma "arma de assalto", mas não especificou o tipo.

Questionado se o suspeito transmitiu os assassinatos na Twitch, um porta-voz da plataforma de transmissão ao vivo disse que "o usuário foi suspenso indefinidamente do nosso serviço". "Estamos tomando todas as medidas apropriadas, incluindo o monitoramento de qualquer conta que retransmita esse conteúdo", acrescentou.

O presidente Joe Biden foi informado sobre o "horrível tiroteio", de acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. "O presidente e a primeira-dama estão rezando pelos falecidos e seus entes queridos", afirmou. A polícia suspeita que o vídeo do massacre que circulou na internet logo após o ocorrido foi filmado pelo próprio autor, mas não confirmou sua autenticidade nem se foi transmitido ao vivo.