Crime ocorreu no bairro do Brooklyn, em Nova York, nos Estados UnidosReprodução
Vítima de tiroteio em Nova York processa fabricante de armas Glock
Mulher era uma das passageiras do metrô quando um homem atacou o local na estação do Brooklyn
Uma vítima do tiroteio no metrô de Nova York em abril apresentou na terça-feira uma queixa contra a Glock, empresa que fabrica a pistola usada pelo agressor.
Ilene Steur, uma mulher de 49 anos baleada no incidente, aponta para a estratégia de marketing da famosa marca austríaca de armas, alegando que "enfatiza" o tiro de "alta capacidade" e "facilidade de disfarçar" a pistola semiautomática em questão.
São características que atraem "compradores em potencial com intenção criminosa", como Frank James, o atirador do metrô, que comprou legalmente a Glock 17 9mm em 2011 no estado de Ohio, de acordo com a queixa apresentada no tribunal do Brooklyn.
Steur acusa a Glock de inundar o mercado dos EUA, levando os departamentos de polícia, um de seus clientes, a renovar seu arsenal antes do previsto, colocando as armas de segunda mão no mercado civil.
Contactada pela AFP, a filial americana da Glock não respondeu.
"As fabricantes de armas não vivem em uma bolha. Estão cientes de que suas estratégias de marketing permitem que compradores mal-intencionados ponham em risco a vida de pessoas inocentes", declarou Mark Shirian, um dos advogados da demandante, que exige um processo civil para obter reparação.
Não é a primeira vez que vítimas de tiroteios nos Estados Unidos processam fabricantes de armas. Em fevereiro, a Remington concordou em pagar US$ 73 milhões às vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook, que deixou 26 mortos em Connecticut em dezembro de 2012.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.