Com quase duas décadas de experiência na cobertura de guerras, Shireen Abu Akleh, de 51 anos, era uma das estrelas da Al Jazeera AFP

A Autoridade Palestina entregou a bala que matou a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, da Al Jazeera, para que médicos forenses dos Estados Unidos a examinem, anunciou o procurador-geral palestino à AFP no sábado, 2.
Washington devolverá o projétil à Autoridade Palestina quando o parecer do especialista estiver concluído, disse o promotor, Akram Al Jatib.
A repórter foi morta a tiros em 11 de maio enquanto cobria uma operação militar israelense na Cisjordânia ocupada.
As investigações realizadas pela Autoridade Palestina e pelas Nações Unidas, assim como as apurações de vários meios de comunicação, sugerem que a bala que matou Abu Akleh foi disparada por forças israelenses.
Mas o exército israelense sustenta que essas conclusões são infundadas e insiste que é "impossível" determinar como a jornalista foi morta.
A repórter do canal catariano Al Jazeera "não foi abatida intencionalmente por um soldado israelense e é impossível determinar se foi morta por um atirador palestino que disparou indiscriminadamente na área onde estava ou por descuido de um soldado israelense", declarou o exército em um comunicado.
No momento de sua morte, Abu Akleh estava usando um capacete e colete estampado com a palavra "Imprensa".
A investigação oficial palestina concluiu que a jornalista morreu após ser atingido por uma bala logo abaixo do capacete.
Segundo o promotor palestino, trata-se de uma bala de 5,56 mm disparada de um fuzil semiautomático Ruger Mini-14.