Entenda o que acontece após a morte da rainha Elizabeth IIReprodução Instagram The Royal Family
Entenda o que acontece após a morte da rainha Elizabeth II
Príncipe Charles agora assume o posto e se torna o rei da Inglaterra; saiba como o processo será conduzido pela família real
Londres - Após a confirmação da morte da rainha Elizabeth II nesta quinta (8), uma série de planos cuidadosamente pensados pelos assessores da família real serão colocados em prática. Por décadas, um processo apelidado de "Operação London Bridge" foi desenvolvido para marcar o que deve ser feito quando a monarca falecesse.
Quem assume?
Imediatamente após o anúncio da morte da monarca, quem assume o posto é Charles, atual príncipe de Gales e herdeiro do trono britânico por ser o filho mais velho de Elizabeth II. Após a coroação, que deve ocorrer após o período de luto e deve levar meses, o novo monarca ganhará o título de Rei Charles III.
Camila, a Duquesa da Cornualha, e atual esposa de Charles também receberá um novo título. Segundo a tradição, a mulher do rei é chamada de rainha consorte. Charles e Camila são casados desde 2005, mas a história do casal começou antes, já que, em 1990, foi revelado que os dois tinham um caso enquanto o filho de Elizabeth II ainda era casado com a princesa Diana. Depois, eles se divorciaram.
Em relatório da Politico Magazine vazou alguns detalhes, no ano passado, de como esse protocolo deve funcionar nos primeiros 10 dias após a morte da rainha, que vão desde para onde o caixão será levado até como o príncipe Charles passará os primeiros dias como rei da Inglaterra.
Neste ano, Elizabeth II se tornou a terceira monarca do mundo a ficar mais tempo no trono, sendo a que ficou mais tempo no trono inglês desde 2015, superando a rainha Vitória, sua tataravó.
Confira detalhes de como o processo deve ocorrer:
De acordo com mais informações reveladas pelo jornal The Independent, o dia da morte da rainha será referido como Dia D, enquanto todos os seguintes, serão referidos como D+1 e D+2 e assim por diante.
A primeira-ministra será informada do ocorrido, assim como o secretário de gabinete e outros ministros e funcionários do governo.
Depois, as bandeiras no Palácio de Whitehall, em Londres, serão abaixadas a meio mastro e as atividades parlamentares serão suspensas por 10 dias.
O público será informado por uma "notificação oficial" entregue pela casa real. Pilotos também deverão informar os passageiros nos voos, caso a notícia seja anunciada enquanto estiverem no ar. Um minuto de silêncio nacional também deve acontecer.
Além disso, segundo os documentos, edifícios religiosos tocarão sinos com abafadores para criar um som mais solene. Muitas igrejas não os usam há 70 anos, desde a morte do rei George VI.
No dia do funeral, a Bolsa de Valores de Londres e a maioria dos bancos do Reino Unido serão fechados. O dia do funeral e da coroação subsequente se tornarão feriados nacionais.
No dia seguinte à morte, o Conselho de Adesão se reunirá no Palácio de St. James para proclamar o príncipe Charles como o novo soberano.
Centenas de pessoas estarão presentes, incluindo a primeira-ministra e os principais ministros do governo, que serão convidados a usar trajes matinais ou ternos com gravata preta ou de cor escura.
Na ocasião, o príncipe Charles — que se tornará rei Charles — poderá escolher o nome que deseja usar. Outros membros da família real também poderão mudar seus nomes, caso desejem.
Como a morte foi na Escócia, o corpo da rainha será levado para Londres pelo trem real, como parte de uma operação chamada "Unicórnio". Caso essa etapa não possa ser seguida, o corpo será levado de avião. O caixão será recebido, então, pela primeira-ministra e os outros membros do parlamento.
Nos dias seguintes, haverá uma procissão do caixão e a rainha deve permanecer por três dias no Palácio de Westminster, em um movimento conhecido como "Operação Pena".
O funeral deve acontecer 10 dias após o óbito na Abadia de Westminster. Um silêncio nacional de dois minutos deverá ser feito ao meio-dia. A monarca será, então, enterrada na Capela Memorial do Rei George VI em Windsor.