Kanye WestReprodução
"Em um mundo onde as visões conservadoras são consideradas controversas, devemos garantir que temos o direito de nos expressar livremente", declarou West, em comunicado divulgado pela Parler.
Segundo o rapper, a compra da Parler vem como resposta ao suposto boicote que ele vem sofrendo das grandes empresas de tecnologia, já que na última semana, após publicar comentários considerados antissemitas no Instagram e Twitter, suas contas foram restringidas. Ainda esteve no centro das atenções após usar uma camisa com o slogan "White Lives Matter" (Vidas Brancas Importam), contrário ao famoso "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), que simbolizou os protestos antirracistas de 2020 nos Estados Unidos.
Lançada em 2018, a popularidade da rede Parler aumentou depois que Trump foi permanentemente banido do Twitter após a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, quando o então presidente foi acusado de incitar seus apoiadores à violência. A plataforma tornou-se assim um refúgio para apoiadores de Trump e usuários de extrema-direita, que afirmavam ter sido censurados por outras plataformas como o Twitter. Desde então, atraiu assinaturas de muitas outras vozes republicanas dominantes.
Em desacordo com as crescentes ameaças de violência e atividades ilegais nas redes sociais, Apple e Google removeram a Parler de suas plataformas de download, junto da empresa Amazon Web Services (AWS). Entretanto, após anunciar uma reestruturação para focar nos usuários que correm o risco de serem banidos da internet, a rede social voltou a ficar disponível na App Store em abril de 2021 e na Google Play Store meses depois, em setembro.
Sua principal concorrente, Truth Social, a rede lançada por Trump, foi novamente aprovada pelo Google Play Store na semana passada depois de concordar em atualizar sua política de remoção de postagens que incitem à violência.
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