Bandeira dos Estados UnidosSteven Branscombe / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Os Estados Unidos (EUA) anunciaram nesta terça-feira (1º) uma parceria com os Emirados Árabes Unidos (EAU) no valor de US$ 100 bilhões para a promoção de energias limpas - informou a Casa Branca. De acordo com o comunicado feito pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a Parceria para Acelerar a Energia Limpa (PACE, na sigla em inglês) quer desenvolver fontes de energias com baixas emissões nocivas. O objetivo é distribuir 100 gigawatts de energia limpa até 2035 em todo mundo.
Ambos os países também investirão na gestão de emissões nocivas, como carbono e metano, no desenvolvimento de tecnologia nuclear e na descarbonização dos setores industrial e de transportes.
Os fundos também serão destinados para o apoio das "economias emergentes, cujo desenvolvimento limpo não conta com financiamento suficiente e é essencial para o esforço climático global", acrescentou o texto.
"PACE também reflete nosso compromisso inabalável de trabalhar em estreita colaboração com aliados e parceiros para acelerar a transição de energia limpa e agir sobre as mudanças climáticas, pois nosso futuro compartilhado depende disso", afirmou.
O anúncio ocorre dias antes de os líderes mundiais se encontrarem no Egito para a COP27, cúpula climática das Nações Unidas (ONU).
Grande produtor de petróleo, os Emirados Árabes Unidos sediarão a COP28 em 2023.
O chefe da gigante Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC, na sigla em inglês) e enviado especial dos EAU para mudança climática, Sultan Al Jaber, disse na segunda-feira (31) que o petróleo bruto continua sendo um pilar do abastecimento de energia, mas que seu país trabalha para reduzir as emissões e aumentar a produção de fontes renováveis, ou menos poluentes.
Os combustíveis fósseis são os maiores contribuintes para a mudança climática e representam 75% das emissões de gases do efeito estufa no mundo, segundo a ONU.
A COP26 do ano passado, realizada em Glasgow, foi concluída com o compromisso de se manter o aquecimento global em 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, uma meta que o mundo não cumprirá, devido às atuais tendências de emissão.