Com o novo acordo com a Microsoft, a estimativa de economia é de cerca de R$ 53 milhões por ano AFP

A Comissão Europeia, conhecida como braço executivo da UE, anunciou nesta terça-feira (8) a abertura de uma investigação "profunda" sobre a proposta de compra da Activision Blizzard parte da gigante Microsoft. As averiguações são pelos possíveis efeitos sobre a concorrência no segmento dos jogos eletrônicos.

Em um comunicado, a Comissão disse estar preocupada pois, ao adquirir a Activision Blizzard, a Microsoft pode fechar o acesso a consoles e jogos eletrônicos para computadores pessoais desenvolvidos por esta empresa, como o popular jogo "Call of Duty".

Segundo a Comissão Europeia, uma investigação preliminar mostra que a transação “pode reduzir, significativamente, a concorrência nos mercados de distribuição de videogames para consoles e PCs, incluindo serviços de assinatura de jogos e/ou serviços de transmissão de jogos na nuvem".

No dia 15 de setembro, o órgão de fiscalização da concorrência do Reino Unido anunciou uma investigação sobre a compra da editora de videogames americana Activision Blizzard pela Microsoft, preocupado com seu impacto no mercado britânico.

Nesta terça-feira, a Activision Blizzard divulgou uma queda nas vendas pelo quarto trimestre consecutivo, embora tenha informado que a última edição de "Call of Duty" bateu recordes.
O grupo viu sua receita cair no terceiro trimestre, em 14%, com quedas significativas no segmento de jogos para console e PC.

Em janeiro deste ano, a Microsoft havia anunciado sua intenção de adquirir a Activision Blizzard, uma empresa que, além de "Call of Duty", desenvolveu outros jogos extremamente populares, como "World of Warcraft", ou "Candy Crush".

O custo da operação seria de em torno de US$ 69 bilhões. A Microsoft já anunciou que não pretende fazer de "Call of Duty" uma oferta exclusiva de sua própria plataforma de jogos, a Xbox. A aquisição, que deve ser concluída no ano que vem, criará o terceiro maior ator no setor de videogames em receita, atrás da chinesa Tencent e da japonesa Sony, fabricante do PlayStation.