Nathalie Vandecasteele, irmã do trabalhador humanitário preso, chora durante conferência de imprensaNICOLAS MAETERLINCK / BELGA / AFP
Bélgica pede que seus cidadãos deixem Irã por 'riscos de detenção arbitrária'
Trabalhador humanitário do país europeu foi sentenciado a 28 anos de prisão
A Bélgica exortou neste domingo (18) seus cidadãos a deixar o Irã o mais rápido possível devido aos crescentes "riscos de detenção arbitrária" após a condenação do trabalhador humanitário belga Olivier Vandecasteele.
"Qualquer visitante belga, incluindo binacional, se expõe a um alto risco de prisão, detenção arbitrária e julgamento injusto. Esse risco também afeta as pessoas que simplesmente visitam o Irã como turistas", alertou o Ministério das Relações Exteriores belga em um comunicado.
As autoridades anunciaram na quarta-feira (14) que o Irã havia imposto uma sentença de 28 anos de prisão a Vandecasteele, detido em fevereiro.
O anúncio reacendeu o debate em torno de um tratado bilateral entre a Bélgica e o Irã sobre a troca de prisioneiros.
Opositores iranianos pediram que o acordo não fosse implementado, alegando que havia sido projetado para permitir a libertação do diplomata iraniano Asadollah Assadi, condenado no ano passado a 20 anos de prisão na Bélgica.
Assadi foi condenado por um tribunal belga por fornecer explosivos a um casal que viajaria à França para atacar uma reunião de exilados iranianos.
O acordo de troca foi suspenso por um tribunal belga, e uma decisão final deve ser tomada nos próximos três meses.