Relatório também aponta aumento no número de suicídios de pessoas LGBTQIA+Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ano de 2022 registrou um "forte aumento" da violência contra pessoas LGBTQIA+ na Europa e na Ásia Central, alertou a ONG ILGA-Europa no seu relatório anual publicado nesta segunda-feira, 20.
A entidade, que engloba mais de 600 organizações de 54 países, afirma em seu estudo que 2022 foi “o ano mais violento para pessoas LGBTQIA+ em toda a região [Europa e Ásia Central] em mais de uma década”.
Isso ocorreu, observou o estudo, em um contexto marcado por "discurso de ódio cada vez mais difundido".
A ONG também apontou em seu relatório um aumento no número de suicídios de pessoas da comunidade LGBTQIA+.
“Nos últimos doze meses houve um aumento acentuado não só da violência contra pessoas LGBTQIA+, mas também da intensidade dessa violência”, afirmou a entidade em seu relatório.
Segundo a ONG, os ataques físicos ou verbais contra a comunidade LGBTQIA+ estão aumentando na França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Montenegro, Holanda, Portugal, Romênia, Rússia, Sérvia, Espanha, Suíça, Turquia, Ucrânia e Reino Unido.
"Na ILGA-Europa, temos dito há anos que o discurso de ódio, em todas as suas formas, se traduz em violência física", disse a diretora da filial europeia da ILGA, Evelyne Paradis.
“Em toda a Europa, muitas figuras políticas reagiram com horror aos assassinatos de pessoas LGBT+ este ano e, embora expressões de solidariedade ainda sejam necessárias, isso não aborda a raiz do problema”, acrescentou.
Portanto, ela pediu aos "líderes progressistas que encontrem maneiras eficazes de combater o discurso de ódio".