Acidente aconteceu entre um trem de passageiros e um comboio de cargaAFP
Sobe para 42 o número de mortos em colisão de trens na Grécia
Gerente da estação que estava de serviço no momento do acidente será acusado de homicídio culposo e pode ser condenado à prisão perpétua
O número de mortos no acidente ferroviário mais grave da história da Grécia subiu para 42, anunciou nesta quinta-feira (2) o Corpo de Bombeiros.
A colisão de dois trens, que circulavam pela mesma via em sentido contrário, ocorreu pouco antes da meia-noite da última terça-feira (28), na região central do país.
Uma porta-voz do Corpo de Bombeiros afirmou que as equipes de resgate trabalharam durante toda a noite para procurar sobreviventes, mas as possibilidades de encontrar alguém são cada vez menores. "O tempo não está do nosso lado", admitiu.
O diretor da estação que estava de serviço no momento do acidente foi detido na quarta-feira (1º) e deve comparecer a uma audiência nesta quinta, na cidade de Lárissa.
O homem, de 59 anos, deve explicar como um trem de passageiros com mais de 350 pessoas a bordo trafegou na mesma via que um trem de cargas por vários quilômetros. Ele será acusado de homicídio culposo e pode ser condenado à prisão perpétua.
Os dois trens colidiram perto de um túnel nas proximidades da cidade de Lárissa. Dois vagões ficaram esmagados e um terceiro pegou fogo com as pessoas bloqueadas dentro.
Os sobreviventes descreveram cenas de horror e caos. Eles precisaram passar por vidros quebrados e destroços quando o trem virou e quebraram as janelas para sair dos vagões.
Integrantes das equipes de emergência afirmaram que nunca haviam testemunhado uma tragédia de tal magnitude. Muitos corpos foram encontrados carbonizados e alguns passageiros eram identificados por partes de seus corpos.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou uma investigação profunda sobre a tragédia. "Tudo indica que, lamentavelmente, o acidente foi provocado por um trágico erro humano", declarou Mitsotakis.
O governo decretou três dias de luto nacional e o ministro dos Transportes pediu demissão poucas horas depois do acidente.
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