O presidente da França , Emmanuel Macron , comparou nesta quarta-feira (22) as fortes manifestações contra a reforma da previdência francesa com o ato terrorista nos prédios dos Três Poderes no Brasil, em 8 de janeiro. Ele também citou o episódio que ocorreu no Capitólio , em 2021, nos Estados Unidos.
Macron participou de um programa de televisão da França para esclarecer pontos sobre a reforma da previdência e explicou o motivo de ter adotado a lei sem a votação dos deputados. Na sua fala, o presidente desaprovou os protestos e acusou “grupos que usam a violência".
Ele defendeu a reforma e deixou claro que não aceitará nenhuma ação de violência contra o governo. “Não podemos aceitar nem os subversivos, nem as facções”, detonou.
“Quando os Estados Unidos viveram o que viveram no Capitólio, quando o Brasil viveu o que viveu (...), digo muito claramente", "não podemos aceitar nem os subversivos, nem as facções", explicou, em referência a ataques recentes a instituições dos dois países. “Não vamos tolerar qualquer tumulto”, acrescentou.
O texto tem alta rejeição da população francesa, MS Macron comentou que o projeto é de interesse público e que as mudanças são precisas para a economia do país. Ele ainda comunicou que a lei entrará “em vigor até no fim do ano”.
"Esta reforma é necessária. Ela não me agrada, gostaria de não a ter feito, mas também me comprometi a fazê-la", declarou o chefe de Estado, insistindo na entrada em vigor até o final de 2023 "para que as coisas se encaixem”, argumentou.
"Por que chegamos a este momento? Porque "durante uma década dizemos ao país que podíamos gastar sem produzir", afirmou. "Isso não funciona. É uma mentira", completou o presidente da França.
Macron quer agilizar implementação
O presidente da França também comunicou que tem muita pressa para que o projeto seja implementado. Ele relatou que a reforma da previdência permitirá que 1,8 milhão de aposentados tenham “um acréscimo de cerca de 600 euros por ano em média" nos pagamentos das aposentadorias.
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