Cientistas registram imagens de peixes na maior profundidade já vistaUniversity of Western Australia
Para o biólogo marinho e líder da expedição, Alan Jamieson, fundador do Minderoo-UWA Deep Sea Research Center, o que "é significativo é que mostra até que ponto um determinado tipo de peixe descerá no oceano".
Os estudos nas trincheiras do Japão já se estendem por cerca de 10 anos, e visa analisar as populações de peixes mais profundas do mundo. O peixe em questão capturada na filmagem faz parte da família Liparidae e é um ser vivo que consegue sobreviver tanto em regiões mais rasas, quanto em grandes profundidades, segundo Jamieson.
A pesquisa com os robôs duraram dois meses no ano passado, e contou com três "landers", que são robôs marinhos automáticos equipados com câmeras de alta resolução. Eles foram lançados em três localidades —nas trincheiras do Japão, Izu-Ogasawara e Ryukyu.
A imagem vistas na trincheira de Izu-Ogasawara, mostram o peixe-caracol pairando calmamente ao lado de crustáceos em uma parte profunda. O cientista classifica o animal como um peixe juvenil, e explica que a espécie, quando mais novos, costuma ficar mais na profundeza para evitar predadores.
Algumas características, como os olhos minúsculos, corpo translúcido e a falta de bexiga natatória, são as que auxiliam para que a espécie consiga sobreviver neste ambiente, Jamieson.
Segundo o cientista, o Oceano Pacífico é particularmente propício para que tais espécies vivam, muito pela corrente quente do Sul, o que incentiva que tais criaturas marinhas migrem para o fundo, servindo como alimento para os animais que habitam originalmente as profundezas.
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