Ministro da defesa Sergei Shoigu e o presidente Vladimir PutinAFP

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou nesta sexta-feira, 14, "manobras surpresa" da frota russa no Pacífico, em plena reaproximação com a China e em meio a tensões com o Ocidente.
Por ordem do presidente Vladimir Putin, Shoigu disse que a frota russa do Pacífico, com sede em Vladivostok, no Extremo Oriente do país, vai trabalhar "em breve" em exercícios de combate em zonas marítimas "próximas e distantes".
Durante os exercícios, a frota treinará para "repelir ataques aéreos em larga escala", "procurar e destruir submarinos", assim como disparar torpedos, canhões e mísseis, disse Shoigu durante uma reunião com altos funcionários.
Segundo o ministro, o objetivo das manobras é "reforçar a capacidade das forças armadas de repelir ataques".
O almirante Nikolai Evmenov, que comanda toda a frota russa, será o encarregado de supervisionar os exercícios, acrescentou o ministro.
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, afirmou que as manobras "não têm relação" com a presença da Otan na Ásia-Pacífico, onde há tensões entre China e Estados Unidos.
"É um treinamento de rotina do exército, um desenvolvimento de nossas Forças Armadas, uma inspeção de sua prontidão de combate", disse ele, acrescentando que "não está previsto" no momento que Putin assista às manobras.