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O Papa Francisco saiu em defesa de São João Paulo II neste domingo, 16, após o ex-pontífice ser acusado de acobertar crimes sexuais na Igreja Católica. Segundo Francisco, as acusações são "infundadas".

Nesta semana, o irmão de uma jovem desaparecida há 40 anos na Itália acusou João Paulo II de saber de crimes sexuais no Vaticano. O homem ainda insinuou que o santo teria participação no sumiço da garota.
“Certo de interpretar os sentimentos dos fiéis de todo o mundo, dirijo um pensamento de gratidão à memória de São João Paulo II, nestes dias objeto de insinuações ofensivas e infundadas”, disse Francisco, interrompido por aplausos dos fiéis.
Segundo a denúncia, Emanuela Orlandi desapareceu em 22 de junho de 1983, após sair de uma aula de música. Ela era filha de um porteiro do Vaticano.
O irmão dela, Pietro Orlandi, entrou com um pedido de investigação junto à promotoria da Igreja Católica. As apurações foram autorizadas pelo Papa Francisco.
Dias mais tarde, Pietro deu uma entrevista em que mostra uma gravação de um funcionário do Vaticano. O homem teria dito que tinha a missão de levar jovens para o Vaticano para serem molestados pelos padres e que João Paulo sabia do caso.
À Reuters, a defesa de Orlandi negou ter questionado a santidade de João Paulo II. Já Pietro disse ser natural a defesa de Francisco ao ex-pontífice.