Nicola SturgeonAFP

A ex-primeira-ministra da Escócia Nicola Sturgeon foi presa neste domingo, 11, em uma operação que investiga o financiamento do Partido Nacional Escocês (SNP). Ex-premiê foi liberada horas depois.

De acordo com a 'BBC News', a investigação apura o que aconteceu com mais de 600 mil libras (R$ 3,7 milhões) que foram arrecadadas para uma campanha pela independência escocesa em 2017, mas que podem ter sido gastas indevidamente pelo partido.
Em 5 de abril, policiais revistaram a casa de Sturgeon e a sede do partido em Edimburgo. Na ocasião, o marido da ex-primeira-ministra escocesa, Peter Murrell, também foi detido e liberado somente 11h depois.

De acordo com a Lei de Justiça Criminal da Escócia de 2016, a polícia pode liberar um suspeito para fazer uma investigação mais aprofundada, mas ele pode ser preso novamente em uma data posterior.
Na tarde deste domingo, ela se pronunciou a respeito do episódio nas redes sociais, reafirmando que não cometeu "nenhum delito" e que "nunca faria nada para prejudicar o Partido Nacional Escocês ou o país."
Nicola Sturgeon, de 52 anos, líder mais antiga do governo semiautônomo da Escócia, pegou o mundo político de surpresa quando anunciou sua renúncia em fevereiro, dizendo que havia se tornado muito afastada para levar seu país à independência.
"Na minha cabeça e no meu coração eu sei que o momento chegou, que é o momento adequado para mim, para o partido e para o país", afirmou na época.
"Este trabalho é um privilégio, mas também muito difícil. Sou um ser humano, além de uma política", destacou, antes de afirmar que refletiu muito sobre a decisão depois de colocar a carreira à frente da vida pessoal durante três décadas. 
Sturgeon destacou, no entanto, que não deixaria a política, porque permanece comprometida com temas que incluem melhores oportunidades para os jovens e "obter a independência". "É uma causa à qual dediquei toda minha vida e na qual acredito", declarou.
*Com informações do IG