Bandeira dos países do MercosulReprodução
Uruguai expõe divergências e não assina comunicado conjunto do Mercosul
País cobra mudanças no regimento interno para ficar no Mercado Comum do Sul
Em um sinal claro de divergência com os demais países do bloco, o Uruguai decidiu, pela quarta vez seguida, não assinar o comunicado conjunto dos titulares do Mercosul. A cúpula de chefes de Estado do Mercado Comum do Sul (Mercosul) ocorreu nesta terça-feira, 4, em Puerto Iguazú, Argentina.
Sem o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, assinam o documento os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Alberto Fernández (Argentina) e Mario Abdo Benítez (Paraguai).
O Uruguai reclama do protecionismo do Mercosul, que considera exacerbado, e negocia de forma unilateral um tratado de livre-comércio com a China à revelia dos demais países do bloco. O país cobra mudanças no regimento interno para ficar no Mercosul.
No comunicado conjunto, Brasil, Argentina e Paraguai se comprometem em discutir mudanças, embora não citem diretamente as demandas do Uruguai.
"Os presidentes também concordaram com a necessidade de abrir um espaço de reflexão política sobre a modernização do bloco, incluindo o fortalecimento da agenda interna para uma maior integração de suas economias, bem como a estratégia de inserção internacional", diz o comunicado conjunto.
Não há qualquer citação à questão da Venezuela do texto, que se compromete, porém, com a entrada da Bolívia e avanços no acordo comercial com a União Europeia após ajustes no tratado.
"Reiteraram o compromisso do Mercosul de avançar para a pronta assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia (UE) em benefício de todas as partes e que considere seus diferentes níveis de desenvolvimento".
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