Estados Unidos não é o único a investigar as práticas de companhias de inteligência artificial generativaOLIVIER MORIN / AFP

O ChatGPT, robô de conversação (chatbot) da OpenAI, é investigado pela autoridade de comércio dos Estados Unidos, a Federal Trade Comission (FTC), suspeito de práticas "injustas ou enganosas" em seus termos de privacidade, que é aceito pelos usuários do serviço, e segurança dos dados. Segundo o jornal Washington Post, que divulgou a investigação, a OpenAI pode ter causado "dano reputacional" aos usuários.
A FTC pediu à companhia que fornecesse registros relacionados a um incidente de segurança divulgado em março, quando uma falha em seus sistemas permitiu que alguns usuários vissem informações relacionadas a pagamentos, bem como alguns dados do histórico de bate-papo de outros usuários. A OpenAI disse que o número de usuários cujos dados foram revelados a outras pessoas foi "extremamente baixo".
As autoridades americanas também investigam se as práticas de segurança de dados da OpenAI violam as leis de proteção ao consumidor dos EUA.
Nos últimos anos, a FTC foi a responsável por impor multas a diversas gigantes da tecnologia, como Meta, Amazon e Twitter, com base nas leis de proteção aos consumidores americanos.
Cerco
O governo dos Estados Unidos não é o único a investigar as práticas de companhias de inteligência artificial generativa, cujos serviços foram treinados com base em bilhões de dados da internet.
Em março, a Itália proibiu o ChatGPT no país. Em abril, as autoridades de proteção de dados da Espanha e da França iniciaram investigações sobre violação de privacidade de usuários.