Prefeito de La Libertad denuncia atentado no Equador
Francisco 'Pancho' Tamariz é próximo do ex-presidente socialista Rafael Correa e foi alvo de cerca de 30 disparos. Ele viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado
Carro de Pancho Tamariz após ser alvo de atentado no Equador - Reprodução/Redes Sociais
Carro de Pancho Tamariz após ser alvo de atentado no EquadorReprodução/Redes Sociais
O prefeito da cidade litorânea de La Libertad, Francisco 'Pancho' Tamariz, denunciou ter sido vítima de um ataque a tiros neste sábado, 19, véspera das eleições gerais antecipadas no Equador.
Alcalde de La Libertad, Pancho Tamariz, Revolución Ciudadana, sufrió un atentado. Iba con esposa y dos más. Por suerte en carro blindado, chalecos y tras 30 tiros salieron ilesos. Sus custodios sufrieron emboscada. Balaceras en resto del cantón. Policía capturó a sospechosos. pic.twitter.com/6l784Q3eyV
Tamariz acrescentou que há "mais de 8 testemunhas" do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou. Ele viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos, e destacou que todos saíram ilesos do ataque.
Correa, cuja candidata Luisa González é favorita para a eleição presidencial deste domingo, republicou a denúncia que o prefeito de La Libertad - cidade no sudoeste, com cerca de 100 mil habitantes - havia publicado no X.
A Polícia e o governo não se pronunciaram sobre o fato.
No Facebook, Tamariz disse posteriormente que ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de um veículo policial.
"Começaram a metralhar a viatura em questões de segundo (...), começaram a disparar contra nós, sequer questionaram quem estava ali", disse ele em comunicado, feito ao lado da esposa. Ambos apareceram com coletes à prova de balas.
"Se (o carro) não fosse blindado, irmão equatoriano, eu não estaria aqui. Seria impossível para mim estar falando com você com 30 tiros que foram (...) direcionados à caminhonete", acrescentou o prefeito.
Nos últimos anos, o Equador enfrentou uma onda de violência ligada ao narcotráfico, com massacres em prisões, que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios por 100.000 habitantes nas ruas em 2022, quase o dobro do ano anterior.
Ao sair de um comício em Quito, em 9 de agosto, o candidato à eleição Fernando Villavicencio (centro), que estava em segundo lugar nas intenções de voto, de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros.
Em plena campanha para as eleições deste domingo, também foram assassinados outro prefeito, um candidato a deputado e um líder local do correísmo - força de esquerda do ex-presidente Rafael Correa.
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