Milhares de pessoas participam de manifestações em Niamey, capital do Níger, em apoio ao Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), instituído pelas autoridades militares! pic.twitter.com/z6s675ard9
No sábado, 19, o general Abdourahamane Tiani, novo homem forte após o golpe que depôs o presidente Mohamed Bazoum, garantiu em um pronunciamento na televisão que o período de transição no país não ultrapassaria três anos.
Assim como em todas as manifestações a favor do novo regime, canções foram ouvidas e cartazes com mensagens hostis contra a França e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) foram vistos por jornalistas da AFP.
"Não às sanções", "Abaixo a França!", "Parem a intervenção militar", eram frases lidas na praça da Concertación, na capital Niamey.
Músicos também homenagearam os militares no poder com canções.
A Cedeao, por sua vez, anunciou na sexta-feira, 18, que está pronta para lançar uma intervenção armada para restaurar a ordem constitucional no Níger - um importante aliado dos países ocidentais na luta contra os grupos jihadistas que operam no Sahel.
Desde 2020, o Mali, Burkina Faso e a Guiné são palcos de golpes de Estado na África Ocidental.
O Níger, que desde 30 de julho sofre duras sanções financeiras e comerciais da Cedeao, é o quarto país da região a passar pela mesma situação.
O general Tiani alertou no sábado que uma intervenção armada não será fácil, ao considerar a visita da delegação de países da África Ocidental a Niamey, na tentativa de encontrar uma solução diplomática.
"Se lançassem um ataque contra nós, não seria o caminho das flores que alguns parecem acreditar", enfatizou em um discurso televisionado.
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