Primeiro-Ministro da Somália, Hamza Abdi Barre, faz um discurso na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONUKENA BETANCUR / AFP
Atentado no centro da Somália deixa 13 mortos e 20 feridos
Vários edifícios foram afetados e moradores ficaram presos sob os escombros
Treze pessoas morreram, e 20 ficaram feridas, neste sábado (23), em um atentado suicida com um caminhão-bomba contra um posto de controle na cidade de Beledweyne, no centro da Somália, informou a polícia.
"Recuperamos os corpos de 13 pessoas, a maioria civis que estavam perto", disse Ahmed Yare Adan, policial local, à AFP por telefone.
"Cerca de 20 feridos foram encaminhados para diferentes hospitais", acrescentou, afirmando que o número vai aumentar.
Vários edifícios foram afetados pelo ataque, e os moradores ficaram presos sob os escombros.
Este ataque ocorreu depois de o governo somali admitir ter sofrido "vários reveses importantes" em sua ofensiva contra os radicais islâmicos do Al-Shabab.
Esta semana, o governo pediu à ONU um adiamento de três meses da retirada das tropas da União Africana, prevista para o final de setembro.
Apoiado pela comunidade internacional, o governo luta há mais de 15 anos contra a insurreição dos radicais islâmicos afiliados à Al-Qaeda, que dizem querer instaurar a lei islâmica neste país do Chifre da África.
Eleito em maio de 2022, o presidente Hassan Sheikh Mohamud prometeu uma "guerra total" contra o Al-Shabab. Apoiadas pela força da União Africana (Atmis, antiga Amisom) e pelos ataques aéreos dos Estados Unidos, as forças governamentais e as milícias de clãs locais fazem há mais de um ano uma ofensiva militar no centro do país.
Durante sua visita à região, o chefe de Estado declarou em 18 de agosto que os Shabab seriam "eliminados de todo o país" até ao final do ano.
Embora as operações militares tenham permitido "libertar cidades, povoados e rotas de abastecimento cruciais", no final de agosto as forças pró-governo sofreram "vários reveses importantes", conforme conteúdo de uma carta datada de 19 de setembro dirigida à ONU.
Expulsos das principais cidades da Somália entre 2011 e 2012, os Shabab continuam estabelecidos em amplas zonas rurais, em particular no centro e no sul do país, de onde lançam, regularmente, atentados contra alvos políticos, civis e de segurança.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.