Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenAFP
Biden critica 'republicanos radicais' por ameaça de paralisia orçamentária
Casa Branca quer que qualquer projeto de lei aprovado no Congresso inclua 24 bilhões de dólares em ajuda militar e humanitária para a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou no sábado, 23, "um pequeno grupo de republicanos radicais" de ser responsável pela ameaça de paralisia orçamental do governo, que poderá ocorrer dentro de uma semana se os congressistas não chegarem a um acordo.
Em um jantar de premiação do Black Caucus do Congresso, Biden disse ter chegado a um acordo com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy, sobre os gastos do Executivo federal.
"Agora, um pequeno grupo de republicanos radicais não quer respeitar o acordo, e todos nos Estados Unidos poderão ser prejudicados", se o governo ficar sem fundos para fazer face às suas despesas, disse ele.
Os legisladores norte-americanos têm até à meia-noite de 30 de setembro para chegar a um acordo sobre uma nova lei de orçamentos antes que o financiamento para os serviços governamentais se esgote.
"Financiar o governo é uma das responsabilidades mais básicas do Congresso. É hora de os republicanos começarem a fazer o trabalho para o qual os EUA elegeram-nos. Façamos isso", acrescentou Biden.
Uma paralisia do governo colocaria em risco as finanças de centenas de milhares de trabalhadores de parques federais, museus e outros locais, mas também poderia ter consequências políticas significativas para Biden, que se candidata à reeleição em 2024.
A Casa Branca quer que qualquer projeto de lei orçamentária aprovado no Congresso inclua 24 bilhões de dólares em ajuda militar e humanitária para a Ucrânia, em meio à guerra com a Rússia.
Embora este plano tenha o apoio de democratas e republicanos no Senado, alguns membros da Câmara dos Representantes se opõem radicalmente.
A votação do orçamento no Congresso costuma se transformar em uma queda de braço entre os dois partidos. Nesse jogo, cada um utiliza a perspectiva de um fechamento dos serviços públicos para obter concessões do outro, até que — em geral — se encontra uma solução no último minuto.
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