Líder socialista sublinhou que a Espanha sempre defendeu 'a pausa humanitária'AFP
Presidente da Espanha expressa 'dúvida' sobre o respeito de Israel pelo direito internacional
Pedro Sánchez afirmou que é a favor, assim como os demais chefes de Estado europeus, de uma 'pausa humanitária' em Gaza
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, disse nesta sexta-feira, 27, que existe uma "dúvida legítima" sobre o respeito de Israel pelo direito internacional nas operações na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas.
"É uma dúvida legítima que todos podemos ter depois de ver as imagens, e o sofrimento e deslocamento de mais de um milhão de moradores de Gaza há três semanas", disse Sánchez em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, onde participou de uma cúpula europeia.
"As imagens que estamos vendo, de uma população que está sofrendo em Gaza, e sobretudo de meninos e meninas (...) me parecem completamente inaceitáveis", acrescentou.
O líder socialista sublinhou que a Espanha sempre defendeu "a pausa humanitária porque a prioridade, acredito eu, para a comunidade internacional, deve ser a liberação dos reféns" capturados pelo Hamas, "imediatamente e sem nenhum tipo de, digamos, condições".
Esta parada temporária permitiria, também, que "os trabalhadores das ONGs que estão mobilizados na Faixa de Gaza pudessem fazer o seu trabalho". Sánchez repetiu a posição comum dos chefes de Estado e de governo europeus, que na noite de quinta-feira instaram "pausas" no conflito entre Israel e o Hamas, para facilitar o acesso da ajuda humanitária aos civis em Gaza.
A posição de Madri, repetida em várias ocasiões por Sánchez, desde o ataque sangrento do Hamas a Israel, em 7 de outubro, é que Israel tem o direito de se defender, mas dentro dos limites do direito humanitário internacional.
Ao mesmo tempo, durante uma conferência em Barcelona, ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, anunciou que Madri duplicará "em poucos dias" sua ajuda à população palestina, em até cerca de 40 milhões de euros (cerca de R$ 210,8 milhões), frente ao valor atual de 21 milhões de euros (R$ 110,6 milhões).
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.