John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança NacionalAFP
EUA é favorável a 'pausa humanitária' para ajuda entrar em Gaza, diz Casa Branca
Declarações do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional chegam depois de líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas pedirem 'corredores humanitários e pausas' no conflito
Os Estados Unidos apoiam a realização de pausas humanitárias nas hostilidades entre Israel e Hamas para permitir que a ajuda chegue a Gaza, informou a Casa Branca nesta sexta-feira (27), enquanto Israel anunciou uma ampliação de suas operações terrestres no território palestino.
"Apoiaríamos pausas humanitárias para que coisas entrem, assim como para que gente saia, e isso inclui pressionar para que entre combustível e a energia elétrica seja restabelecida", disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
As declarações de Kirby chegam depois de líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas pedirem "corredores humanitários e pausas" no conflito.
O exército israelense disse que estenderia suas operações por terra na Faixa de Gaza na sexta-feira, após intensificar significativamente os ataques aéreos ao território palestino.
Gaza enfrenta intensos ataques aéreos desde os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro. A guerra deixou milhares de mortos.
O presidente americano, Joe Biden, vem sendo informado por seus principais funcionários diplomáticos, militares e de inteligência sobre "os últimos acontecimentos em Israel e Gaza", informou a Casa Branca.
Mas Kirby não comentou o que foi dito a Biden, nem sobre as últimas movimentações de Israel e se estas se tratavam do início da prometida invasão terrestre de Gaza.
"Logicamente, temos visto Israel empreender várias operações no terreno nos dois últimos dias", disse Kirby. "Mas, novamente, não vamos adquirir o hábito de palpitar estando do lado de fora".
Segundo ele, Biden e o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, não falaram nesta sexta sobre os últimos acontecimentos. Os dois líderes têm conversado com frequência desde o ataque do Hamas a Israel.
Kirby acrescentou que os Estados Unidos não tinham fixado "nenhuma linha vermelha" a Israel, mas continuavam fazendo ao aliado "peguntas difíceis" sobre seus objetivos militares e a proteção dos civis em Gaza.
"Não tivemos receios em expressar nossa preocupação com as vítimas civis, os danos colaterais e a abordagem que podem decidir adotar. Isso é o que os amigos podem fazer", acrescentou.
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