Ônibus que levou brasileiros da Cisjordânia até aeroporto na JordâniaDivulgação/Representação do Brasil em Ramala
O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, informou que os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil para evitar bombardeios. "Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram informados às autoridades da Palestina e de Israel", destacou.
Os brasileiros devem embarcar no Aeroporto Internacional Queen Alia, em Amã, em uma aeronave cedida pela Presidência da República que já está no local com destino à Base Aérea de Brasília. Já no território nacional, eles seguirão para cinco capitais – São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Curitiba –, além de Foz do Iguaçu (PR).
Com isso, o total de brasileiros repatriados da região do conflito chega a 1.446. Foram oito voos patrocinados pelo governo brasileiro.
Nesta quarta-feira, 1, a fronteira foi aberta pela primeira vez desde o início do conflito para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450 estrangeiros.
“Novas listas serão publicadas em breve e nossos brasileiros devem estar nelas”, afirmou o embaixador Candeas.
Desde o início das atuais hostilidades na Faixa de Gaza, há 26 dias, a violência na Cisjordânia cresceu com uma série de assassinatos e confrontos entre palestinos, forças de segurança israelenses e da Autoridade Palestina e ataques de colonos contra palestinos. Os colonos são os israelenses que vivem em assentamentos dentro da Cisjordânia.
Do dia 7 de outubro até esta terça-feira, 31, foram registrados 123 assassinatos de palestinos na Cisjordânia, incluindo 34 crianças. Outros 2.206 ficaram feridos. Do lado israelense, foi registrada a morte de 1 soldado e outros 13 feridos.
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