Carro da Cruz Vermelha com reféns israelenses trocados com Hamas nesta sexta-feira, 24Mohammed Abed/ AFP

Uma fonte de segurança israelense disse, nesta sexta-feira, 24, que 13 reféns mantidos na Faixa de Gaza foram entregues a Israel. "Eles estão agora com os serviços de segurança locais", disse a fonte à AFP, depois de terem sido libertados no primeiro de uma trégua de quatro dias na Faixa de Gaza.
Duas fontes próximas ao Hamas afirmaram que um grupo de reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro em Israel foi entregue ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para ser levado ao Egito e, de lá, para Israel.
Uma fonte do braço armado do grupo terrorista, as Brigadas Ezzedin al Qasam, confirmou a informação e disse que este é o primeiro grupo de reféns israelenses libertado graças ao acordo. Grupo é formado por 13 mulheres, crianças e cidadãos com dupla nacionalidade e é apenas o primeiro dos 50 reféns que devem ser entregueses a Israel nos próximos dias. 
Um acordo anunciado na quarta-feira, 22, graças à mediação do Catar, com a ajuda do Egito e dos Estados Unidos, prevê uma trégua de quatro dias entre os combates entre o Hamas e Israel. "Há meia hora, os prisioneiros foram entregues à Cruz Vermelha que os levarão aos egípcios", indicou uma das fontes. "Já estão com os egípcios", acrescentou.
O primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, anunciou nesta sexta-feira que 12 cidadãos do seu país foram libertados. Uma fonte próxima ao Hamas afirmou que a libertação dos tailandeses foi um "gesto" do movimento islamista.
Trégua temporária
O cessar-fogo começou nesta sexta-feira e a negociação incluiu também a libertação de 50 reféns mantidos em cativeiro em Gaza desde 7 de outubro, em vários grupos durante os dias em que durar a trégua. Em troca, 150 prisioneiros palestinos em Israel serão libertados, de uma lista que inclui mulheres e menores de idade.
A trégua temporária acontece depois de quase sete semanas de conflito. A guerra eclodiu depois que combatentes do Hamas entraram em Israel vindos da Faixa de Gaza e lançaram um ataque que deixou 1.200 mortos, segundo as autoridades israelenses.
Após este ataque de magnitude e violência sem precedentes, Israel lançou uma ofensiva contra Gaza com bombardeios constantes e uma operação terrestre que começou em 27 de outubro, causando a morte de 14.854 pessoas, incluindo 6.150 menores, segundo o Hamas, que governa este território palestino.
*Com informações da AFP