Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelReprodução/Redes Sociais

Israel propôs "uma opção" ao movimento islamista palestino Hamas para prolongar a trégua que entrou em vigor na sexta-feira e deve terminar na terça-feira às 7h00 (2h00 no horário de Brasília), afirmou nesta segunda-feira (27) um porta-voz do governo israelense.

"Queremos receber outros 50 reféns após esta noite, como parte de nosso objetivo de trazer todos os reféns de volta para casa", declarou Eylon Levy à imprensa, ao informar sobre a iniciativa israelense.
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que ainda tem três objetivos nesta guerra: recuperar todos os reféns, extinguir o Hamas e impedir que Gaza seja novamente um ponto de ataque a Israel.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, pediu nesta segunda-feira uma prorrogação da trégua na Faixa de Gaza. Borrell acredita em uma "solução política" para o conflito.
Trégua
A trégua, que entrou em vigor na manhã de sexta-feira em Gaza, deve terminar na terça-feira às 7h00 (2h00 de Brasília). O acordo que permitiu a trégua prevê a entrada de ajuda humanitária em Gaza procedente do Egito, assim como a libertação de 50 reféns e 150 prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Uma cláusula do acordo permite a ampliação do mesmo para a libertação diária de 10 reféns do Hamas em troca de 30 presos palestinos em Israel.

O Hamas afirmou em um comunicado que busca "prolongar a trégua além dos quatro dias", com o objetivo de "aumentar o número de prisioneiros liberados".
Guerra

Israel iniciou a ofensiva contra o território após o ataque do Hamas em 7 de outubro, de violência e dimensão sem precedentes desde a fundação do país em 1948.

As autoridades israelenses afirmam que 1.200 pessoas morreram no ataque dos combatentes do Hamas e que quase 240 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Entre os mortos estão mais de 300 militares ou integrantes das forças de segurança israelenses.

No território palestino, alvo de bombardeios incessantes e de uma ofensiva terrestre desde 27 de outubro, a ofensiva israelense deixou 14.854 mortos, incluindo 6.150 menores de idade, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas. Além disso, a Defesa Civil de Gaza calcula que 7.000 pessoas estão desaparecidas.