Guarda monitora fronteira entre paísesMario Tama/AFP
Trump, favorito à nomeação republicana para enfrentar Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2024, está fazendo campanha com uma mensagem anti-imigração, acusando os estrangeiros de “envenenar o sangue” do país, palavras do próprio Hitler, notaram os seus críticos.
Os republicanos recusam-se a apoiar um novo pacote de ajuda financeira à Ucrânia no Congresso se não forem tomadas medidas para impedir a migração.
A administração Biden alertou que, sem acordo, a Ucrânia ficará em breve sem as armas necessárias para se defender da invasão russa.
A proposta do Governo para convencer os republicanos inclui aumentar em 1.300 o efetivo total de agentes da Patrulha de Fronteira.
'Não existe varinha mágica'
"O governo Biden quer mostrar que está fazendo tudo o possível" para impedir a migração, disse ele. "Um dos desafios é que todo mundo quer uma solução de curto prazo para um problema global de longa duração", mas "não existe uma varinha mágica".
"A maioria dessas pessoas migra porque acredita que a vida para elas será melhor nos Estados Unidos", acrescentou.
Grande parte dos migrantes é da América Central, embora nos últimos meses tenha aumentado o número de venezuelanos e de haitianos, que fogem da pobreza e da violência que assola seus países.
No domingo (24), uma caravana de milhares de migrantes partiu do sul do México, ante a impossibilidade de obter uma autorização que lhes permitisse atravessar o país para chegar aos Estados Unidos.
María Alicia Ulloa, uma hondurenha que faz parte desse grupo, pediu às autoridades americanas e mexicanas reunidas nesta quarta-feira que encontrem formas de ajudar os migrantes, uma vez que a situação em seus países de origem "também é crítica".
"Emigramos com a esperança de dar uma vida melhor para os nossos filhos e uma vida melhor para os familiares que ficam para trás", desabafou.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.