Conflito no Sudaõ já deixou mais de 12.000 mortosAFP
OMS pede ação urgente frente à crise sanitária no Sudão
País está mergulhado em uma guerra civil desde meados de abril
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, na sexta-feira, 29, ação urgente frente à piora da crise sanitária no Sudão, em guerra desde abril, e urgiu a comunidade internacional a aumentar a ajuda financeira.
"É preciso agir com urgência para deter o agravamento do conflito no Sudão, onde as crises humanitária e sanitária pioram como consequência do novo deslocamento de centenas de milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X.
O Sudão está mergulhado em uma guerra civil desde meados de abril, na qual o Exército regular trava intensos combates com os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FAR).
Mais de meio milhão de pessoas fugiram dos combates em Cartum, a capital, e se refugiram mais ao sul, no estado de Al Jazira. Contudo as FAR avançaram neste estado e atacaram a cidade de Wad Madani, forçando mais de 300.000 pessoas a fugir outra vez.
A OMS pediu "maior apoio financeiro da comunidade internacional para atender às necessidades sanitárias urgentes das populações afetadas", segundo Tedros.
"Trata-se de reforçar a prestação de serviços básicos de saúde aos mais vulneráveis nos estados afetados, onde pelo menos 70% das instalações sanitárias não funcionam por causa do conflito", prosseguiu.
O conflito já deixou mais de 12.000 mortos, segundo um cálculo do Projeto de Dados sobre Localização e Acontecimentos de Conflitos Armados. Segundo a ONU, ao menos 7,1 milhões de pessoas deixaram suas casas, incluindo 1,5 milhão que buscaram refúgio em países vizinhos.
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