Caso ocorreu nos arredores de GuayaquilDivulgação

Seis pessoas morreram, neste domingo (31), no Equador, quando homens armados abriram fogo em uma rua de Durán (sudoeste), cidade vizinha a Guayaquil, castigada pela violência e pelo narcotráfico.
"São seis mortos, quatro no local dos fatos e dois em casas de saúde", reportou a polícia em seu canal de imprensa no WhatsApp.
O assassinato ocorreu por volta das 14h locais (16h de Brasília) nesta cidade, considerada um centro logístico para o envio de drogas para Europa, Estados Unidos e América Central.
Os pistoleiros atiraram de uma caminhonete, acrescentou a polícia, que não informou as razões deste novo ataque no Equador, que viveu seu ano mais violento, com uma taxa recorde de 42 homicídios por 100.000 habitantes.
Entre 2018 e 2022, os homicídios quadruplicaram no país.
"Alguns corpos das vítimas foram trasladados por familiares dos assassinados sem respeitar as devidas diligências", destacou a polícia em outra mensagem.
Sacudido por confrontos entre quadrilhas criminosas, o Equador luta paralelamente com o crescimento do narcotráfico. O rastro de violência se estende até as prisões, onde cerca de 460 detentos morreram em massacres carcerários desde fevereiro de 2021.
As autoridades afirmam que o narcotráfico se infiltrou nas instituições estatais e judiciais. O caso mais recente é o chamado "Metástase", no qual cerca de 30 juízes, promotores e policiais são investigados por vínculos com o narcotraficante Leandro Norero, morto na prisão em 2022.
O Equador atingiu um recorde de apreensões de drogas em 2021, quando confiscou 210 toneladas. De acordo com a imprensa local, o país rompeu novamente a marca em 2023, com o confisco de 219,2 toneladas, cocaína na maioria. Segundo a polícia, este ano desarticulou 108 organizações narco-criminosas.