Christopher Gibbons e Tyrone Patten-Walsh Polícia do Reino Unido / Divulgação
Dois apresentadores de podcast neonazista são condenados no Reino Unido
Polícia de Londres considerou que os dois divulgavam conteúdo com potencial para atrair pessoas vulneráveis, especialmente jovens, para o terrorismo
Dois britânicos que produziam um podcast neonazista foram condenados nesta quinta-feira (4) a sete e oito anos de prisão por incitação a cometer atos de "violência terrorista", anunciou a polícia de Londres.
A investigação permitiu estabelecer que os dois acusados, Tyrone Patten-Walsh, de 36 anos, e Christopher Gibbons, de 40, produziram 21 episódios de um podcast no qual faziam comentários "homofóbicos, racistas, antissemitas, islamofóbicos e misóginos", segundo a Scotland Yard.
Eles chegavam a incitar seus ouvintes a "cometer atos de violência terrorista", acrescentou a polícia londrina em um comunicado.
Gibbons também criou uma biblioteca on-line que continha centenas de textos e outros conteúdos de extrema direita.
Nesta quinta-feira, ele foi condenado a oito anos de prisão por um tribunal de Kingston, no sudoeste de Londres, por oito acusações de incitação a atos terroristas e duas acusações de divulgação de publicações terroristas.
No julgamento realizado em junho do ano passado, a acusação mostrou que Christopher Gibbons descreveu o filho do príncipe Harry, Archie, e sua esposa Meghan Markle, que é mestiça, como uma "abominação" e que afirmou que o duque de Sussex deveria ser "indiciado" e "assassinado legalmente por traição".
Tyrone Patten-Walsh foi condenado a sete anos de prisão por oito acusações de incitação a atos terroristas.
Os conteúdos divulgados pelos dois réus são "exatamente o tipo com potencial para atrair pessoas vulneráveis - especialmente jovens - para o terrorismo", declarou em um comunicado Dominic Murphy, que chefia o comando antiterrorismo da Scotland Yard.
"Espero que este caso e as condenações de hoje enviem uma mensagem clara de que há consequências graves para aqueles que compartilham documentos terroristas ou que incitam outros a se envolver com terrorismo", acrescentou.
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