Membros do Exército montam guarda na rua AFP
Equador analisa estratégias usadas para enfrentar o narcotráfico
Há uma semana, o país enfrenta um ataque violento de quadrilhas, o que levou o presidente Daniel Noboa a declarar a existência de um 'conflito armado interno'
O Equador analisa todas as ofertas de ajuda internacional e experiências "bem-sucedidas" e "fracassadas" para enfrentar as quadrilhas do narcotráfico que colocam o país em perigo, declarou na Guatemala, no sábado, 13, o secretário de Comunicação do Equador, Roberto Izurieta.
"Temos que revisar experiências bem-sucedidas e experiências fracassadas" contra o crime, para analisar se são "aplicáveis, ou não, à realidade", disse o responsável, que foi à Guatemala para assistir à posse presidencial do social-democrata Bernardo Arévalo, neste domingo (14).
Izurieta respondeu, assim, ao ser questionado por jornalistas sobre possibilidades parecidas com a ofensiva policial e militar do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, contra gangues, ou uma missão internacional, como a proposta para o Haiti.
"Todas as ofertas de ajuda que estamos recebendo estão sendo analisadas. Agradecemos por cada gesto de boa vontade, por toda preocupação em nos ajudar a resolver este problema", disse ele em entrevista coletiva na Embaixada do Equador na Guatemala.
"Temos recebido um apoio internacional extraordinário e, como são causas compartilhadas, as ações [que forem tomadas] têm de ter apoio internacional", acrescentou.
Há uma semana, o Equador enfrenta um ataque violento de grupos de narcotraficantes, o que levou o presidente Daniel Noboa a declarar a existência de um "conflito armado interno".
Ao estilo de Bukele, Noboa declarou esta semana guerra a cerca de 20 organizações criminosas, com cerca de 20 mil membros que espalham o terror desde domingo passado com motins nas prisões, agentes e funcionários penitenciários feitos reféns por detentos e ataques com explosivos.
Em recente entrevista à "BBC", porém, o presidente equatoriano descartou a implementação das medidas do país centro-americano, questionadas por organizações de direitos humanos.
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