Ministro das Relações Exteriores da China, Wang YiAFP

O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, garantiu, neste domingo (14), que qualquer iniciativa a favor da independência de Taiwan será "duramente punida", um dia depois de a ilha ter desafiado as advertências de Pequim ao eleger Lai Ching-te como presidente.
Lai Ching-te, candidato da situação, venceu no sábado (13) a eleição presidencial em Taiwan e prometeu defender a ilha das "intimidações" da China. Pequim reagiu imediatamente, reiterando sua intenção de "reunificar" o país separado "de facto" desde 1949.
A China considera essa ilha parte de seu território e nunca deixou de proclamar sua intenção de "reunificar" o país — pela força, se necessário.
"Se alguém na ilha de Taiwan pensa em buscar a independência, estará (...) tentando dividir a China e, sem dúvida, será duramente punido, tanto pela história quanto pela lei", declarou o chanceler chinês em entrevista coletiva ao lado de seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry, no Cairo.
"Não importam quais sejam os resultados das eleições. Não podem mudar o fato de que há apenas uma China e Taiwan é parte dela", reiterou Wang.
"Taiwan nunca foi um país. Não foi no passado e certamente não será no futuro", insistiu, na mesma coletiva.
Taiwan e a China continental estão separadas desde 1949, quando as tropas comunistas de Mao Tsé-tung derrotaram as forças nacionalistas. Estas últimas se refugiaram na ilha e impuseram uma autocracia que se tornou uma democracia na década de 1990.