Região de Gaza é bombardeada diariamenteAFP

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou, neste domingo (21), um novo balanço de 25.105 mortos na Faixa de Gaza, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino, em 7 de outubro.

Nas últimas 24 horas, 178 pessoas morreram, segundo o Hamas, que também reportou 62.681 feridos desde o início do conflito.
A guerra
O conflito entre Israel e o Hamas eclodiu após o ataque sem precedentes do grupo islamista em solo israelense, onde morreram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e 132 permanecem cativas em Gaza, segundo as autoridades israelenses. Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder desde 2007 em Gaza, e lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra este território estreito e sitiado.

Os bombardeios israelenses acontecem diariamente. A maioria das vítimas são mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O conflito também aumentou as tensões entre Israel e os Territórios Palestinos.
Medicamentos em troca de ajuda
Na terça-feira (16), o Catar anunciou que a mediação conjunta com a França levou a um acordo "entre Israel e o Hamas para entregar medicamentos (…) aos reféns israelenses em troca do envio de uma remessa de ajuda humanitária aos civis na Faixa de Gaza".

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha saudou o acordo e afirmou que seria "um momento de alívio muito necessário". Uma fonte de segurança egípcia disse na manhã desta quarta-feira que um avião do Catar chegou a El Arish, no Egito, "carregado de remédios".

Em Nir Oz, um kibutz perto de Gaza, o coletivo de familiares de reféns "Bring Them Home Now" (Traga-os para casa agora, em tradução livre) organizou uma festa simbólica do primeiro aniversário do refém mais jovem, Kfir Bibas.

O Hamas anunciou a sua morte em novembro, mas as autoridades israelenses não a confirmaram. Em Tel Aviv, manifestantes israelenses antiguerra entraram em confronto com a polícia na noite de terça-feira, em um protesto contra o governo de Benjamin Netanyahu e o conflito em Gaza.

"Se a ocupação continuar (...) as crianças que crescem hoje em Gaza serão as mesmas que enfrentaremos dentro de alguns anos", disse Chava Lerman, uma manifestante.
Com informações da AFP.