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Suprema Corte dos EUA analisará caso de condenado à morte defendido pelo papa
Estava previsto que Richard Glossip, de 60 anos, fosse executado por injeção letal em 18 de maio do ano passado em Oklahoma
A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou, nesta segunda-feira (22), avaliar o recurso de apelação de um condenado à morte há mais de 25 anos, cujo caso desencadeou uma campanha de apoio do papa Francisco e de atores de Hollywood.
Estava previsto que Richard Glossip, de 60 anos, fosse executado por injeção letal em 18 de maio do ano passado em Oklahoma, mas a execução foi suspensa.
O procurador-geral deste estado conservador do centro do país apoiou o pedido de suspensão da sentença, reconhecendo problemas no depoimento que levou à sua condenação.
Um dos advogados do condenado, John Mills, lembrou que seu cliente "declarou inocência durante o quarto de século que passou injustamente no corredor da morte".
"Ele esteve prestes a ser executado nove vezes, apesar da Promotoria saber muito bem que as provas para condená-lo à morte eram falsas", afirmou.
Glossip foi considerado culpado por ordenar o assassinato em 1997 do proprietário de um motel que ele gerenciava, com base no testemunho muito controverso de Justin Sneed, de 19 anos, que confessou o assassinato.
Os apoiadores de Glossip denunciam que sua condenação se baseou unicamente no testemunho de Sneed, que, ao se declarar culpado e incriminá-lo, evitou a pena de morte.
O procurador-geral de Oklahoma, Gentner Drummond, pediu a anulação da sentença, mas ela foi confirmada em apelação em abril de 2023.
O caso de Glossip desencadeou uma campanha de apoio de personalidades como os atores Susan Sarandon e Mark Ruffalo e o bilionário Richard Branson.
Em setembro de 2015, quando sua execução parecia iminente, o representante do papa Francisco nos Estados Unidos escreveu uma carta ao governador de Oklahoma pedindo uma suspensão, concedida apenas por dúvidas sobre um produto utilizado na mistura de substâncias para a administração da injeção letal.
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