Países estão em guerra desde fevereiro de 2022Reprodução

Rússia e Ucrânia se culparam mutuamente nesta quinta-feira (25) no Conselho de Segurança após a queda de um avião militar russo perto da fronteira ucraniana.
"Toda a informação que temos hoje mostra que estamos diante de um crime premeditado e bem pensado", disse o embaixador russo adjunto na ONU, Dmitri Polianski.
Moscou acusa Kiev de ter derrubado a aeronave sabendo que ela transportava, segundo as autoridades russas, 65 prisioneiros ucranianos antes de uma troca.
As autoridades ucranianas "conheciam muito bem a rota [aérea] para o transporte de soldados até a zona de troca", afirmou Polianski.
Este não é o primeiro intercâmbio desse tipo, mas "desta vez, por razões inexplicáveis, o regime de Kiev decidiu sabotar o procedimento da forma mais bárbara", acrescentou, acusando os ucranianos de estarem "prontos para sacrificar seus próprios cidadãos pelos interesses geopolíticos dos ocidentais".
"Foi apenas graças ao heroísmo do piloto, que evitou no último momento zonas residenciais, que ninguém em terra sofreu", assegurou.
"A Ucrânia não foi informada sobre o número de veículos, rotas ou meios de transporte dos prisioneiros. Isso só pode representar um ato intencional russo para colocar em risco a vida e a segurança dos prisioneiros", respondeu a embaixadora adjunta da Ucrânia na ONU, Khrystyna Hayovyshyn.
Os prisioneiros russos "foram transferidos para o local previsto e esperavam em total segurança para a troca. Os russos deveriam garantir o mesmo nível de segurança para os soldados ucranianos capturados", insistiu.
Por sua vez, os aliados da Ucrânia enfatizaram a responsabilidade russa. "A Rússia tenta de forma repetitiva deslocar as responsabilidades pelas tragédias desta guerra (...) como se fosse a vítima e não o agressor", expressou o embaixador adjunto dos Estados Unidos, Robert Wood.