Ajuda humanitária em chega diariamente em GazaMenahem Kahana/AFP

Parentes de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza se juntaram, nesta quinta-feira (25), a um grupo de manifestantes na passagem de Kerem Shalom para impedir a entrada de ajuda humanitária em território palestino, exigindo que o envio de suprimentos seja cortado até que os sequestrados sejam libertados.

Não se sabe exatamente o impacto do protesto sobre a movimentação de ajuda na fronteira. Na quarta-feira (24), os manifestantes conseguiram impedir a passagem de mais de 100 caminhões, alguns dos quais acabaram sendo desviados para um ponto de entrada alternativo no Egito - na passagem de Rafah, a ajuda humanitária continua entrando na Faixa de Gaza.

Os parentes dos reféns estão cada vez mais ativos em protestos contra o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu. Nesta semana, eles invadiram uma sessão do Parlamento e protestaram em frente à casa do premiê, em Jerusalém
A guerra
O conflito entre Israel e o Hamas eclodiu após o ataque sem precedentes do grupo islamista em solo israelense, onde morreram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e 132 permanecem cativas em Gaza, segundo as autoridades israelenses. Acredita-se que ao menos 20 tenham morrido. Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder desde 2007 em Gaza, e lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra este território estreito e sitiado.

Os bombardeios israelenses acontecem diariamente. A maioria das vítimas são mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, Estados Unidos e União Europeia. O conflito também aumentou as tensões entre Israel e os Territórios Palestinos.