País é governado por Kim Jong UnAFP
Coreia do Norte dispara vários mísseis de cruzeiro
Dispositivos foram lançados em direção ao mar da costa oeste
A Coreia do Norte disparou nesta sexta-feira, 2, vários "mísseis de cruzeiro não identificados" em direção a sua costa oeste, no Mar Amarelo, anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
O Exército sul-coreano "detectou o lançamento às 11h" (23h de Brasília, quinta-feira) e "aumentou a vigilância em estreita colaboração com os Estados Unidos", afirma um comunicado.
O país comunista governado por Kim Jong Un afirma que está intensificando os "preparativos de guerra" e executou diversos testes de armas e mísseis desde o início do ano.
Vários analistas alertaram que Pyongyang pode ter iniciado testes com este armamento para enviá-lo em breve à Rússia, país com o qual o regime ditatorial estreitou as relações nos últimos meses.
Estados Unidos e Coreia do Sul afirmam que Kim e o presidente russo Vladimir Putin estabeleceram um acordo, durante uma reunião em setembro, para uma troca de armas norte-coreanas por assessoria em tecnologia de satélites.
Nos últimos dias, a Coreia do Norte efetuou vários testes de mísseis de cruzeiro. Na terça-feira, a agência estatal de notícias norte-coreana KCNA anunciou que o Exército testou com sucesso um míssil de cruzeiro estratégico.
Dois dias antes, Kim supervisionou o lançamento de dois Pulhwasal-3-31s, um novo tipo de míssil de cruzeiro estratégico, supostamente lançado de um submarino.
Além disso, o líder da Coreia do Norte inspecionou navios militares, informou a imprensa estatal, que classificou a visita como uma demonstração dos preparativos de guerra no país.
"Fortalecer as forças navais é uma questão mais importante para defender, de forma confiável, a soberania marítima do país e intensificar os preparativos de guerra no momento", disse Kim nas docas de Nampho, segundo a KCNA.
Nas últimas semanas, Kim multiplicou as mensagens beligerantes sobre a Coreia do Sul, que chamou de "principal inimigo" de seu país, e alertou para o risco de uma guerra iminente na península.
Recentemente, ele decidiu dissolver as agências que atuavam na cooperação com o Sul e ameaçou iniciar um conflito caso aconteça uma infração de "0,001 milímetro" em seu território.
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