Refinaria em Volgogrado após ataque ucraniano neste sábado, 3Reprodução

Um incêndio eclodiu neste sábado, 3, em uma grande refinaria na região de Volgogrado, no sudoeste da Rússia, após um ataque de drone atribuído à Ucrânia, disse uma autoridade local.

"Ontem à noite, equipes de defesa antiaérea e de interferência eletrônica repeliram um ataque de drones na região de Volgogrado", disse o governador Andrei Bocharov no Telegram.

"Ocorreu um incêndio na refinaria de Volgogrado, após a queda de um drone", acrescentou, especificando que os bombeiros já tinham a situação sob controle. Segundo o governador, não houve vítimas.

Em um comunicado, o Exército russo anunciou que a defesa antiaérea abateu, ou interceptou, quatro drones na região de Belgorod, outros dois em Volgogrado, e outro, em Rostov-on-Don. As forças ucranianas informaram, por sua vez, que abateu nove dos 14 drones lançados pela Rússia contra as regiões sul e centro do país durante a noite.

Segundo as autoridades ucranianas, os drones tinham como alvo instalações energéticas na região central de Dnipro, onde milhares de pessoas ficaram sem eletricidade. O Ministério ucraniano da Energia disse que está trabalhando para restabelecer a eletricidade.

Ao longo de seus quase dois anos de ofensiva, a Rússia atacou as infraestruturas energéticas da Ucrânia, deixando milhares de pessoas sem calefação no Inverno passado.
Polícia russa prende jornalistas durante protesto
Neste mesmo sábado, a polícia russa deteve pelo menos 20 jornalistas durante uma manifestação na Praça Vermelha de Moscou, organizada por esposas de soldados que combatem na Ucrânia e que exigem o retorno de seus maridos.

Um cinegrafista da AFP, detido durante o protesto, indicou que, entre 20 e 25 jornalistas, incluindo repórteres estrangeiros, estavam com ele em um furgão, a caminho de uma delegacia de polícia na capital russa.

Há várias semanas, mulheres de soldados mobilizados na Ucrânia se reúnem na Praça Vermelha, em frente ao Kremlin, para exigir o regresso de seus maridos, depois da operação russa lançada na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Esse é um tema delicado para as autoridades, que até agora se abstiveram de reprimir o nascente movimento de protesto.

Em geral, a imprensa russa não cobre esses protestos, e o Kremlin tenta a todo custo exibir uma imagem de unidade em torno do presidente Vladimir Putin, sobretudo, às vésperas da eleição presidencial de março de 2024. A vitória de Putin é, praticamente, dada como certa.

De acordo com o presidente russo, 244.000 soldados combatem, hoje, na Ucrânia, de um contingente total de 617.000 soldados.
*Com informações da AFP