Paul Nthenge Mackenzie, um ex-taxista que se autodenominava pastorSimon Maina / AFP
Ele foi detido em abril do ano passado, depois que 429 corpos foram encontrados na floresta de Shakahola, perto da costa queniana do Oceano Índico, onde Mackenzie pregava.
As autópsias revelaram que a maioria das vítimas morreu de fome, enquanto outras, incluindo crianças, teriam sido estranguladas, espancadas ou asfixiadas.
Mackenzie e outros 29 acusados se declararam inocentes nesta terça-feira das acusações de "assassinato", segundo um correspondente da AFP que acompanhou a audiência em um tribunal de Malindi, 10 meses depois da divulgação do caso que provocou uma grande comoção no Quênia, país do leste da África de religião predominantemente cristã.
O líder da seita já se declarou inocente das acusações de "terrorismo", "tortura" e "crueldade", entre outras, que foram apresentadas há alguns meses.
Segundo a acusação, 191 das 429 mortes correspondem às acusações de "assassinato" e 238 a "homicídio involuntário".
As descobertas macabras levaram o governo queniano a destacar a necessidade de estabelecer controles mais rigorosos sobre as denominações religiosas, em um país com uma história de pastores autoproclamados, que luta para regulamentar igrejas e cultos envolvidos com o crime.
Os quatro aspectos da acusação contra Mackenzie (terrorismo, crimes contra menores de idade, assassinato, homicídio involuntário) foram distribuídos entre quatro tribunais, três em Mombasa e um em Malindi, sudeste do país.
Ainda não foi determinado se acontecerá apenas um julgamento ou quatro.
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