Presidente da Ucrânia declarou em dezembro que o Exército pretendia mobilizar até 500.000 pessoas adicionais. Roman Pilipey / AFP
Em primeira votação, Ucrânia aprova projeto de lei que simplifica o alistamento militar
Segundo o texto, quem recusar a convocação deverá sofrer sanções aprovadas por um tribunal
O Parlamento ucraniano aprovou nesta quarta-feira (7) em primeiro turno um polêmico projeto de lei para simplificar os procedimentos de alistamento no Exército, após dois anos de guerra contra a Rússia.
Um total de 243 deputados votaram a favor do projeto, anunciaram vários parlamentares nas redes sociais. Para ser aprovado, o documento precisava de pelo menos 226 votos.
O texto, no entanto, ainda deve ser debatido no Parlamento e passar por uma segunda votação para a aprovação em definitivo. Após o processo, que pode demorar várias semanas, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenky, deve promulgar a lei.
Um debate sobre a mobilização militar domina a Ucrânia há várias semanas. O Exército sofreu baixas na guerra contra a Rússia, mas não revelou a dimensão. Mas, ao contrário do início do conflito, que começou em fevereiro de 2022, o Exército procura agora voluntários para a frente de batalha.
O projeto votado nesta quarta-feira pretende simplificar os procedimentos de alistamento no Exército e adotar sanções para os que rejeitam a convocação. As punições devem, no entanto, ser aprovadas por um tribunal, ao contrário de um primeiro projeto apresentado pelo governo em janeiro.
Os críticos afirmam que a proposta não soluciona o problema da desmobilização de quem está na frente de batalha há muito tempo. Zelensky declarou em dezembro que o Exército pretendia mobilizar até 500.000 pessoas adicionais.
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