Reféns resgatos foram levados ao Centro Médico Sheba Tel HashomerReprodução
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF da sigla em inglês) Daniel Hagari disse que os bombardeios deram cobertura para operação e que houve troca de tiros com terroristas do Hamas durante o resgate.
Os reféns - cidadãos com dupla nacionalidade argentina e israelense - foram levados do Kibutz Nir Yitzhak, que fica perto da fronteira com Gaza, no ataque que desencadeou a guerra.הותר לפרסום כי במבצע משותף של צה"ל, שב"כ ומשטרת ישראל (ימ"מ) ברפיח, חולצו הלילה שני חטופים ישראלים, פרננדו סימון מרמן (60) ולואיס הר (70) אשר נחטפו על ידי חמאס לרצועת עזה מניר יצחק ב-7/10.
— דובר צה״ל דניאל הגרי - Daniel Hagari (@IDFSpokesperson) February 12, 2024
מצבם של השניים טוב והם הועברו לבדיקות רפואיות במרכז הרפואי שיבא תל השומר. pic.twitter.com/S4GGCEhh8r
Fernando e Louis foram resgatados no segundo andar de um prédio no coração de Rafah. Eles foram levados para o hospital em Tel-Aviv para uma avaliação médica e estão em boas condições de saúde, informou Israel.
A presidência da Argentina agradeceu às Forças de Defesa de Israel pelo resgate em nota. E lembrou que, em visita a Israel na semana passada, Javier Milei reiterou o pedido de liberação dos reféns argentinos ao presidente israelense, Isaac Herzog, e ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Netanyahu também cumprimentou as forças israelenses. "Fernando e Louis, bem-vindos de volta para casa", disse em nota. "Eu saúdo nossos bravos combatentes pela ação ousada que levou à sua libertação", acrescentou.
O primeiro-ministro está sob pressão dos familiares dos reféns para que eles sejam liberados. Cerca de 100 das 240 pessoa sequestradas pelo Hamas voltaram para casa durante o cessar-fogo de uma semana em novembro do ano passado. Dos 136 que continuam em Gaza, pelo menos 30 morreram, concluiu a inteligência de Israel.
Catar, Egito e Estados Unidos tem tentado mediar um novo acordo de troca de reféns por prisioneiros palestinos. Na semana passada, no entanto, Netanyahu rejeitou publicamente a contraproposta apresentada pelo Hamas, que previa trégua nos combates de quatro meses e meio. Durante este período, todos os reféns israelenses seriam libertados, as forças israelenses sairiam do enclave palestino e um acordo seria costurado entre Israel e o grupo terrorista para o encerramento da guerra.
Tel-Aviv tem o objetivo declarado de "aniquilar" o Hamas e resiste ao apelo internacional por cessar-fogo na Faixa de Gaza. O argumento é que a trégua permitiria a reorganização do grupo terrorista.
O próximo foco dos combates deve ser Rafah, na fronteira com o Egito. A cidade é o último refúgio para os mais de 1 milhão de palestinos deslocados pela guerra e a iminente incursão terrestre acendeu o alerta para o drama humanitário no enclave.
O coro foi reforçados pelos Estados Unidos. O presidente Joe Biden disse a Netanyahu, que uma operação militar do país em Rafah não deveria prosseguir sem um plano "credível e executável" para garantir a segurança dos deslocados.
Netanyahu, por sua vez, prometeu que dará "passagem segura" para os civis em entrevista à rede ABC. Não está clara, no entanto, para onde essas pessoas iriam já que cidade é a última ao sul do enclave sitiado. Sem dar mais detalhes, o primeiro-ministro disse apenas que trabalha em um plano.
A iminente operação em Rafah eleva a tensão com o Egito, que resiste a pressão de abrir a fronteira. Cairo teme a instabilidade no Sinai, uma zona militar sensível, e não quer ser visto como cúmplice do deslocamento forçado de palestinos.
Diante do impasse, autoridades ameaçam romper o acordo de paz de 1979, quando o Egito se tornou o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel.
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