Garoto era trancado em uma gaiola para transporte de cachorros como forma de 'disciplina' Christopher Eckl / APA / AFP
Austríaca é condenada a 20 anos de prisão por torturar o próprio filho
Durante o julgamento, mulher afirmou que apenas queria 'disciplinar' a criança, na época com 12 anos
Uma mulher foi condenada por um tribunal austríaco a 20 anos de prisão por quase matar seu filho de 12 anos, trancando-o em uma gaiola de transporte para cachorros.
Após sete horas de deliberações na noite de quinta-feira (29) à noite, a acusada de 33 anos que chocou o país alpino foi considerada culpada por tentativa de assassinato, tortura de menores e sequestro.
Uma amiga dela, suposta cúmplice, de 40 anos, foi condenada a 14 anos de prisão por ter incitado o "uso contínuo de violência" contra a criança, por meio de mensagens de chat e ligações telefônicas.
O tribunal ordenou o internamento da mulher em uma clínica de psicologia forense, uma vez que a avaliação psiquiátrica mostrava "transtornos psíquicos graves e duradouros", sem abolir a "capacidade de discernimento".
O menino, agora com 13 anos, ficou "completamente destruído", afirmou a presidente do tribunal penal. Durante o julgamento, a acusada afirmou que simplesmente queria "disciplinar" seu filho e disse que estava "terrivelmente arrependida pelo ocorrido", conforme relatado pela agência APA.
Em 22 de novembro de 2022, a criança foi encontrada em coma, com hipotermia, e foi transferida para o hospital. A mãe, solteira e desempregada, foi detida no dia seguinte em Krems, oeste de Viena.
Por meses, ela jogava água fria no menino enquanto abria as janelas do apartamento, apesar das temperaturas externas abaixo de zero. A temperatura corporal dele baixou para 26,8 ºC. O menor pesava 40 quilos quando foi achado.
Além de ser agredido, foi impedido de se alimentar, amarrado e trancado em uma jaula de transporte para cães. Vídeos da acusada foram exibidos durante a audiência, nos quais o menino aparecia incapaz de se mover e falar.
A defesa apontou possíveis falhas das autoridades quando a escola emitiu relatórios.
Algumas semanas antes de ser hospitalizado, o menino havia fugido e pedido a uma família que o acolhesse. Segundo o jornal austríaco Der Standard, a polícia o levou de volta para casa.
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