Três homens foram detidos neste sábado (2) depois de uma turista espanhola de origem brasileira ter sido vítima de um estupro coletivo em uma região remota do leste da Índia, por onde viajava com o marido, informou a mídia local. A identidade da mulher é mantida em sigilo.
O ataque ocorreu na noite de sexta-feira no distrito de Dumka, no estado oriental de Jharkhand, onde o casal, que viajava de moto, parou para acampar. Ela alega que foi atacada por 8 a 10 pessoas.
A turista conseguiu entrar em contato com uma patrulha policial por volta das 23h e foi levada a um hospital, disse o policial Pitamber Singh Kherwar ao The Times of India. De acordo com a imprensa, a mulher está sendo atendida em um hospital de Dumka.
“Por volta das 22h30 às 23h, a mulher parou uma van da polícia que patrulhava a área em busca de ajuda. Ela também teve alguns hematomas. Os policiais a levaram ao hospital, onde ela contou aos médicos que havia sido estuprada. Estamos investigando o caso", afirmou o agente ao portal indiano.
Segundo Kherwar, a polícia prendeu três pessoas vinculadas ao ataque, embora ainda esteja à procura de outros suspeitos.
Em 2022, a Índia teve uma média de 90 estupros diários, de acordo com o escritório nacional de registros criminais. No entanto, muitos destes ataques não são denunciados, devido ao estigma que muitas vezes as vítimas sofrem e também devido à falta de confiança no trabalho da polícia.
As condenações raramente são emitidas e muitos casos acabam estagnados no saturado sistema judicial do país. Mas, em 2012, o caso de uma estudante que foi vítima de um estupro coletivo e depois assassinada ganhou as manchetes em todo o mundo.
Jyoti Singh, uma estudante de psicoterapia de 23 anos, foi estuprada e abandonada, dada como morta, por cinco homens e um adolescente em um ônibus em Nova Délhi, em dezembro daquele ano. O caso trouxe à tona os altos níveis de violência sexual na Índia e levou a semanas de protestos e a uma mudança na legislação para punir o crime de estupro com a pena de morte.
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