O goiano Bruno Ribeiro, 22 anos, vivia há cinco em PortugalReprodução / Internet

Um brasileiro de 22 anos, identificado como Bruno Ribeiro, 22 anos, foi morto a pauladas em um quiosque na Praia de Carcavelos, na cidade de Cascais, ao sul de Portugal. O jovem, que morava há cinco anos no país e trabalhava como entregador, estava no estabelecimento com a namorada e um amigo comendo um lanche na madrugada de domingo (3), quando se desentendeu com um cozinheiro, também brasileiro. Não há informações sobre a motivação do crime.
Segundo a namorada do entregador, Gabriela Escalante, após se afastar da mesa onde estavam sentados, ela viu o cozinheiro se aproximando de Bruno. Em seguida, houve uma discussão ríspida entre os dois. O suspeito teria buscado um pedaço de madeira e desferido dois golpes na cabeça da vítima. Uma equipe de emergência foi chamada ao local e tentou reanimar o jovem, sem sucesso.
Após o crime, o cozinheiro teria se entregado à Polícia Judiciária local, e preso em flagrante. O corpo de Bruno de Bruno passou por perícia no local e o caso segue sob investigação.
Sem apoio do consulado
A mãe do jovem, Elizete, questionou o suporte do consulado brasileiro no país em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (5). Segundo ela, foi negada a emissão de um passaporte de urgência para ir ao país ver o corpo do filho. 
"Eu não consegui tirar o meu passaporte de emergência, foi negado. Eu não tirei meu passaporte antes porque ele me disse que viria em dezembro. Não deu tempo", questionou.
Procurado por O Dia, o Itamaraty respondeu por nota que "permanece à disposição para prestar assistência consular". Segue a nota na íntegra.
"O Ministério das Relações Exteriores, por intermédio de sua rede consular em Portugal, permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares do nacional brasileiro.

Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.

Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."