Papa Francisco Tiziana Fabi / AFP

O papa Francisco pediu nesta quarta-feira, 20, "todos os esforços para negociar" e sair do "horror da guerra" na Faixa de Gaza e na Ucrânia, dez dias após sua polêmica declaração que pediu a Kiev para "hastear uma bandeira branca".
"A São José também confiamos os povos da Ucrânia e da Terra Santa, que tanto sofrem o horror da guerra", disse o pontífice argentino na audiência geral semanal no Vaticano.
"Devemos fazer todos os esforços para tentar, para negociar, para acabar com a guerra. Rezemos por isto", acrescentou o papa, de 87 anos, diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Em uma entrevista publicada em 9 de março, o líder da Igreja Católica pediu à Ucrânia para "hastear a bandeira branca e negociar (...) antes que as coisas piorem", o que provocou a indignação de Kiev.
As declarações "infelizes" de Francisco "mancharam a credibilidade do papa", afirmaram fontes diplomáticas à AFP.
Poucos dias depois, a Rússia elogiou o papa argentino como um "verdadeiro e sincero defensor do humanismo, da paz e dos valores tradicionais" por ocasião do 11º aniversário de seu pontificado. O papa repete a cada semana os pedidos de paz, até o momento sem resultado.