Bilha Inon não teve confirmação de sua morteReprodução
Yakovi, agrônomo aposentado, está na lista oficial de vítimas fatais do ataque executado pelo Hamas a partir de Gaza. Seu DNA foi encontrado entre restos humanos. Mas nada se sabe sobre Bilha, professora de artes plásticas de 75 anos. Ela é a única israelense que ainda está na lista de desaparecidos no ataque perpetrado pelo movimento islamista palestino.
As autoridades, que inicialmente a declararam morta, afirmam agora que não têm certeza. Sua família, porém, não tem dúvidas de que ela morreu. O caso destaca a dificuldade de localizar e identificar as vítimas do ataque cometido há mais de seis meses.
Desaparecida
A casa dos Inons foi atingida por um foguete e pegou fogo, disse uma de suas netas ao Ynet, um site de notícias israelense.
Os comandos que atacaram Israel mataram 1.170 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses. Também sequestraram mais de 250 pessoas, das quais 129 permanecem retidas em Gaza, e 34 que podem estar mortas, segundo o Exército israelense.
A ofensiva aérea e terrestre lançada por Israel em resposta já deixou mais de 33.600 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.
Nas semanas seguintes, o Exército, a polícia, patologistas forenses e arqueólogos trabalharam para localizar e identificar os restos mortais de mais de 200 desaparecidos. Seis meses depois, apenas um nome permanece na lista oficial de desaparecidos, o de Bilha Inon.
Busca pelo DNA
Mas os filhos do casal não têm esperança. Eles acreditam que seus pais morreram juntos em 7 de outubro e celebraram o rito fúnebre judaico em homenagem a ambos no dia seguinte ao ataque.
"Para nós, minha mãe não está desaparecida", disse Mor, um dos cinco filhos, à AFP. Seu irmão Maoz, ativista pela paz, atribui o ataque às autoridades israelenses. "O Exército sempre dizia o mesmo: o Hamas está sob controle, estão protegidos", explica.
Questionado pela AFP sobre o caso de Bilha, o Ministério da Saúde israelense, que dirige os serviços forenses, não quis comentar, assim como a polícia e o Exército.
"É um mistério", disse em março a tenente-coronel Dana Nof, oficial do Exército encarregada da coordenação com a família, ao Canal 12 de Israel.
"Estamos tentando esclarecer a situação e chegar a uma conclusão que nos permita saber se ela está viva ou não", sem descartar completamente que tenha sido sequestrada, apesar das certezas da família.
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